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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

CASA DE DEUS


No livro de Malaquias 3.10, o Senhor ordenava o  povo de Israel a levar os dízimos para a casa do tesouro (câmara do templo), para que houvesse mantimento na sua casa, doutrinando assim que, guardando os seus preceitos haveria suprimento para as necessidades básicas essenciais.
            Porem, no Novo Testamento, Cristo assegura que igreja não é prédio, mas nós somos a sua igreja (Efésios 1.22,23). E no livro de Atos 7.48 e 17.24 a Palavra afirma que Deus não habita em templos feitos por mãos de homens.
           É óbvio que não havendo habitante a casa está vazia. Então perguntamos, sendo nós a igreja de Cristo, e habitando Deus em nossos corações pelo seu Espírito Santo, para onde deveríamos levar os dízimos, ainda que fossem remanescentes na graça?
           Para tanto, a Palavra na carta aos Hebreus 10.1 refere-se a lei de Moisés como uma alegoria, ou seja, sombras dos acontecimentos futuros e não a imagem exata das coisas, e nisso vem a revelação sobre a ordenança de levar os dízimos para a casa do tesouro, porque em Hebreus 3.5, 6 diz:
Na verdade, Moisés foi fiel em toda sua casa, como servo, para testemunho das coisas que haviam de acontecer. Mas Cristo, como Filho sobre a sua própria casa, a qual casa somos nós, se tão somente conservarmos firmes a confiança e a glória da esperança até o fim.
Portanto amados, nesta Palavra vem a confirmação revelada que nós somos o templo do Espírito Santo de Deus, porque está escrito: Cristo, como Filho sobre a sua própria casa, a qual casa somos nós, ratificado em Malaquias 3.17, onde a Palavra descreve: E eles serão meus, diz o Senhor dos Exércitos, naquele dia que farei, serão para mim particular tesouro; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve.
Sabemos que para Deus, toda criatura é um tesouro, mas no tocante ao grande dia da vinda de Cristo para julgar os vivos e mortos, o Senhor demonstra um afeto especial para os que preservam os seus mandamentos e os trata carinhosamente como seu particular tesouro. O que nos faz conhecer a finalidade, pela qual o Senhor ordenou que os dízimos fossem conduzidos para a casa do tesouro, para que nenhum dos seus (os justos) fossem desamparados e nem a sua descendência a mendigar o pão (Salmos 37.25).
No que também justifica a preocupação e o zelo do Senhor Jesus para com os desprovidos, descrito no Evangelho de Mateus 6.1-4, onde Ele recomenda auxiliar aos necessitados com caridade, ensina a proceder com discrição para não se assemelhar aos hipócritas das sinagogas, e promete recompensar publicamente os que assim procederem, fazendo o bem em segredo. E diferentemente do dízimo, na era da graça o Senhor Jesus não estipulou percentual ou limite para aplicação desse mandamento, o amor ao próximo, em forma de caridade.
No capítulo 3 do livro de Malaquias há promessa de bênçãos materiais para os cumpridores da lei, no entanto, é rigorosa quando se referente ao dízimo, por ser a garantia de alimento em abundância. Pagava-se o dízimo para ser recompensado materialmente, mas Jesus Cristo, em sacrifício vivo, pagou o mais alto preço pela nossa libertação com o seu próprio sangue, para que recebamos a sua paz, a graça e a oferta da vida eterna.
E, por isso, não precisamos mais pagar o dízimo para garantir as necessidades cotidianas das coisas materiais (alimento, vestes, etc.), porque Jesus priorizou as coisas que vem do Alto, a vontade do Pai, e recomendou buscar primeiramente o Reino dE Deus e sua justiça e as demais coisas serão acrescentadas (Mateus 6.25-33). Porque Ele é quem nos dá a vida, a respiração, e todas as coisas (Atos 17.25). veja o que é o reino de Deus romanos 14.17.

O DÍZIMO É ANTERIOR A LEI


Esse é o forte argumento comumente usado pelos pregadores do dízimo, para rebater os cristãos recalcitrantes, não dizimistas, que afirmam que o dízimo é da lei. Realmente, parece um argumento e tanto, bastante robusto, irretorquível. Mas acompanhe passo a passo o raciocínio a seguir.
Os preceitos que se seguem também são anteriores à lei, e foram incorporados a ela, mas nem por isso nos sentimos obrigados a observá-los, e nem somos ensinados a fazê-lo:
*A distinção entre animal limpo e animal imundo, e a conseqüente proibição de comer a carne deste último [Gênesis 7, Levítico 11];
*A circuncisão [Gênesis 17, 21; Josué 5];
*O sacrifício de animais [Gênesis 15; Êxodo 20, 24; Levítico 1 e seguintes];
*A consagração dos primogênitos dos homens e dos animais a Deus [Êxodo 13, Números 3];
*O levirato [Gênesis 38, Deuteronômio 25];
*A celebração anual da páscoa [Êxodo 12, 23; Josué 5];
*A guarda do sétimo dia (sábado) [Gênesis 2; Êxodo 16, 20, 23].
Você certamente concorda comigo nisso, mas poderá levantar uma forte objeção: É verdade, o raciocínio acima parece lógico, mas o dízimo aparece também no Novo Testamento, logo deve ser observado, pois ficou inserido no contexto do evangelho! Então vamos continuar investigando o caso.
*A distinção entre animal limpo e animal impuro aparece também no Novo Testamento. O apóstolo Pedro tinha dificuldade com isso, mas parece que esse problema foi resolvido, pelo menos em relação aos gentios [Atos 10, 11, 15];
*A circuncisão também está no Novo Testamento, e está relacionada à pessoa mais importante. E foi justamente no dia da sua circuncisão, quando completou oito dias de vida, que ele recebeu o seu nome: Jesus [Lucas 2]. Aliás, a prática da circuncisão até aparece lá bem na frente. O próprio apóstolo Paulo circuncidou Timóteo, filho de uma judia crente e pai grego [Atos 16];
*De igual modo, o sacrifício de animais. Na consagração do primogênito Jesus, foram sacrificados um par de rolas e dois pombinhos [Lucas 2];
*E como estava escrito na lei, ele foi também consagrado ao Senhor na condição de primogênito [Lucas 2];
*O levirato, por sua vez, ainda era praticado nos dias do Senhor Jesus. Os saduceus nos dão notícia disso nos três Evangelhos [Mateus 22, Marcos 12, Lucas 20];
*A celebração anual da Páscoa, também. E o próprio Senhor Jesus a celebrou [João 2, 13, 18; Mateus 26];
*E até o polêmico sábado era observado [Lucas 4, 23; Mateus 24].
E o que dizer do voto? Não me refiro ao voto com o qual elegemos os bons (pouquíssimos) e os maus (muitíssimos) políticos para os cargos públicos. Falo da promessa votiva, isto é, da promessa com que uma pessoa se obriga para com Deus. Aliás, a obrigação do dízimo para os israelitas, a meu ver, nasceu do voto de Jacó (portanto antes da outorga da lei). Em diversas ocasiões, Deus deu longas e detalhadas instruções a Moisés sobre o voto, particularmente o de nazireu [Levítico 27; Números 6, 30; Deuteronômio 23]. Os nazireus mais conhecidos da Bíblia são: Sansão [Juízes 13], Samuel [I Samuel 1], João Batista [Lucas 1, 7]. No Novo Testamento, temos notícia de que o apóstolo Paulo raspou a cabeça, em Cencréia, por ocasião da sua segunda viagem missionária, por ter tomado ou feito voto [Atos18]. E foi exatamente pelo seu envolvimento no cumprimento de votos alheios, feitos por quatro homens, quando seguia sugestões dos apóstolos, que acabou sendo preso e processado em Jerusalém, o que pôs fim à sua carreira missionária e resultou na sua ida a Roma, para julgamento perante o tribunal do imperador César [Atos 21 a 29].
Então reflita novamente e responda: Estamos sendo ensinados a observar esses importantes preceitos acima mencionados, que à semelhança do dízimo, existiram antes da lei e foram a ela incorporados e eram observados nos tempos do Novo Testamento? [ ] Sim [ ] Não.
Por que será que somente o dízimo é ensinado e com tanta ênfase, com promessas e maldições? (Conheço as poucas exceções). Não parece ser um ensino enganoso, muito bem montado sobre a verdade, tendencioso e muito vantajoso para o doutrinador? [ ] Sim [ ] Não.
É por isso que eu digo: 

Tome tento, leitor! Nem tudo o que foi ordenado ou ensinado na Bíblia, os cristãos praticam, ou são ensinados a praticar. Quer ver? Se você tem um filho contumaz e rebelde, que não obedece ao pai nem à mãe, e mesmo quando castigado não dá ouvidos a seus pais, o que fazer com ele, segundo o que está ordenado na Bíblia? Deuteronômio 21 prescreve direitinho o que se devia fazer com ele! Leia o texto com bastante atenção, e descubra por si mesmo. E o que você pensa disto?: Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o de ti..., Se tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti... Conheço muita gente que anda tropeçando (inclusive pregadores do dízimo), mas ainda não vi ninguém que tenha arrancado o olho direito ou a mão direita por causa desse conselho do Senhor Jesus! No Novo Testamento, Tiago dá instruções detalhadas sobre algumas providências que o cristão deveria tomar diante de certas circunstâncias: Está alguém entre vós sofrendo? Faça oração. Está alguém alegre? Cante louvores. Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo em nome do Senhor [Tiago 5]. (Não seria esse o Plano de Saúde dos cristãos, que deveria ser mantido pela fé?). Não parece ser esse o ensino ou a prática da igreja em geral. Talvez as duas primeiras providências tenham merecido alguma atenção. Mas a última tem sido sistematicamente desprezada. Nesse caso, pelo menos, não se toma a Bíblia como palavra de Deus! Quem sabe por isso muitas igrejas já nem elegem ou constituem presbíteros, como era costume no início do cristianismo [Atos 14, Tito 1]? O presbítero se tornou uma figura dispensável. Ou será porque já não estão encontrando homens com as qualidades de um presbítero dos primeiros dias da Igreja? Mas alguém pode argumentar: Os pastores e os bispos ocupam o lugar dos presbíteros. Que seja. Então porque não são chamados para aquele mister; e, quando chamados, não se obtém o resultado buscado de cura, como está dito na epístola de Tiago? Alguma coisa deve estar errada! Precisamos reexaminar a nossa teologia, nossas doutrinas ou, quem sabe, a nossa fé!

SIM VOCÊ LER NUNCA MAIS VOCÊ VAI DA DÍZIMO

Ao fazer a tal releitura da Bíblia, deparei-me com duas coisas muito curiosas a respeito do dízimo, as quais chamaram a minha atenção, e que eu vou lhe contar agora. Foi assim. Um dia, enquanto descansava de uma caminhada matinal, à sombra de uma frondosa árvore no campo, e com base na releitura de um texto que acabara de fazer, ocorreu-me uma extravagante e absurda pergunta, que ali mesmo elaborei nestes termos:
Onde na Bíblia, o dizimista foi instruído a beber pinga,
na casa de Deus, comprada com o dinheiro do dízimo?
Confesso que fiquei meio atarantado com essa possibilidade!
Alguns dias depois disso, criei coragem e fiz essa pergunta a um pastor. Ele pulou desta altura... e me disse com veemência: Não existe tal coisa na Bíblia! Caramba! E agora, será que eu disse uma asneira? Eu já estava assustado com o meu atrevimento, e fiquei mais ainda com a reação desse pastor. Porém outro pastor, equilibrado, sensato, conhecendo-me de longo tempo, a quem também fiz essa pergunta, pediu-me um prazo para pesquisar e responder. Dentro de alguns dias, telefonou-me dando a resposta. Ele havia achado o mesmo texto em que eu baseara essa pergunta! Não muito tempo depois, por telefone, eu fiz a dita pergunta a outro pastor. Disse-me ele que não sabia, e me pediu para indicar o texto. Insisti com ele, que procurasse. Mas ele me disse não dispor de tempo. Então sugeri que ele pedisse a um dos seus filhos para procurar para ele, ao que me respondeu: Não! Não posso deixar os meus filhos verem uma coisa dessas! Ele também tinha ficado assustado com essa possibilidade. Cinco anos depois, com euforia e com um largo sorriso, ele me deu a resposta. Não demorou muito, no velório de um pastor, encontrei um pastor conhecido que se fazia acompanhar de outro pastor (este estava vivo!), e lhes fiz a importuna pergunta. Eles responderam que não sabiam. Naquele mesmo instante se aproximou um professor de seminário; então o pastor disse: Este aqui sabe. Fiz-lhe a pergunta, e ele sem precisar abrir a Bíblia e sem pestanejar, deu a resposta certa na hora! Diante de tudo isso, a pergunta já não me pareceu tão extravagante e tão absurda.
E você aí que estuda a Bíblia, ensina, discipula, prega ou escreve sobre o dízimo, saberia dizer em que livro e capítulo fica o texto, em que se baseia essa importuna pergunta sobre essa tão difundida e defendida doutrina?
A segunda curiosidade que encontrei foi a oração do dizimista. Essa foi demais para mim. Eu nunca tinha ouvido ou lido qualquer coisa sobre essa oração. Não me ensinaram nadica de nada sobre ela. Ensinaram-me que tinha de pagar o dízimo de tudo, inclusive do meu salário bruto, pois se não pagasse estaria roubando a Deus e que, além de me privar das bênçãos, cairia nas maldições de Malaquias. E a todo o tempo, a oração do dizimista estivera lá na minha Bíblia — e deve estar na sua também —, conforme foi ordenado ao dizimista fazer! Como não pude enxergar tal coisa, se já havia lido a Bíblia muitas vezes? E aí, meu caro e assustado leitor, eu fiquei confuso, porque eu descobri que não poderia em sã consciência fazer essa oração para cumprir a ordenança bíblica, visto que se a fizesse estaria dizendo inverdades. Só o judeu podia fazê-la... e eu não sou judeu! Aí, entendi porque nunca me ensinaram essa oração e nem me falaram sobre ela. E lá vai o texto:
Dirás perante o Senhor teu Deus (esta é a oração do dizimista):
Tirei o que é consagrado de minha casa, e dei também ao levita, e ao estrangeiro, e ao órfão e à viúva, segundo todos os teus mandamentos que me tens ordenado: nada transgredi dos teus mandamentos, nem deles me esqueci. Dos dízimos não comi no meu luto, e deles nada tirei estando imundo, nem deles dei para a casa de algum morto: obedeci à voz do Senhor meu Deus; segundo a tudo o que me ordenaste, tenho feito. Olha desde a tua santa habitação, desde o céu, e abençoa o teu povo Israel, e a terra que nos deste, como juraste a nossos pais, terra que mana leite e mel.
Quer ler novamente essa oração bem devagar e com redobrada atenção, e ver se há possibilidade de um cristão pronunciá-la hoje, palavra por palavra, como foi determinado ao dizimista fazer, e sem faltar com a verdade?
Encontrei um católico na Internet, que entendeu que não era possível ao cristão fazer essa oração; então ele inventou uma. Ei-la:
Oração do Dizimista
Recebei Senhor, minha oferta!
Não é esmola, porque não sois mendigo.
Não é uma contribuição, porque não precisais.
Não é resto que me sobra que vos ofereço.
Essa importância representa, Senhor, meu reconhecimento, meu amor.
Pois se tenho, é porque me destes.
Amém.
A intenção desse católico dizimista pode ter sido boa, mas foi ingênua, pois não atendeu as instruções transmitidas por Moisés: São estes os estatutos e os juízos que cuidareis de cumprir na terra que vos deu o Senhor, Deus de vossos pais, para a possuirdes todos os dias que viverdes sobre a terra. Nem satisfez a exigência feita por Deus: Tudo o que eu te ordeno, observarás; nada lhe acrescentarás nem diminuirás [Deuteronômio 12].
Também não me parece apropriada nem condizente com a oração do dizimista, e muito menos ainda com o ensino evangélico, a oração de um bispo tupiniquim, que se diz dizimista fiel. Veja o seu testemunho: Imediatamente, como dizimista que sou, ergui o braço, em que uso a minha fita onde está escrito: “Ó, Deus! Não se esqueça que eu sou dizimista fiel”, e me pus a reivindicar os meus direitos. Orei: “Meu Deus, envia um anjo lá, agora, para resolver essa situação, pois, como dizimista, eu exijo uma solução. Amém”. (Grifei). [Folha Universal, n. 728, de 19 a 25 de março de 2006]. Esse bispo nem invocou o nome do Senhor Jesus, foi logo exigindo de Deus uma solução imediata para um problema, com base nos seus supostos méritos de dizimista fiel. Até parece um consumidor exigindo os seus direitos perante o fornecedor; ou alguém mandando o seu cão se deitar! Será que essa autoridade toda lhe adveio do fato de um bispo tê-lo consagrado bispo também? Achei essa oração muito insolente, estúpida e blasfema! Só porque alguém lhe deu o título de bispo, e ele carrega
no pulso uma fitinha de dizimista fiel, deixou de ser servo do Senhor e passou a ser senhor do Senhor? Contenha-se, senhor bispo! Ou, como diria um político moderno: Recolha-se à sua insignificância!

Eu falei lá em cima que somente indicaria o livro e o capítulo. Mas nos dois casos citados acima, eu vou abrir uma exceção: não vou indicar nem o livro, nem o capítulo! Você que procure. Se você não achar, peça ao seu discipulador, pastor, bispo, apóstolo, paipóstolo ou patriarca (não sei se a ordem hierárquica é essa) para lhe mostrar os textos onde se encontram essas duas preciosas curiosidades.CRIQUE NESTE LINK E VEJA A VERDADE QUE NUNCA LHE DICERAM